Saiba como funciona o planejamento interno de armazéns

 

Ter um sistema logístico eficiente implementado, hoje em dia, deixou de ser um diferencial para as empresas e se tornou um pré-requisito básico de sobrevivência no mercado e os sistemas de armazenagem muito contribuem para isso. Além disso, as operações logísticas se dão de forma estratégica, possibilitando que a organização obtenha vantagens perante seus concorrentes, mas para isso diversas práticas devem ser adotadas, entre elas o planejamento interno dos armazéns, que é o tema abordado hoje aqui no site Sistema de Armazenagem.

Para falar de planejamento em armazéns, primeiramente, precisamos entender o que é de fato a armazenagem. Define-se por armazenagem o processo de recebimento, estoque e expedição de materiais. Vemos assim que são três as funções do armazém e para cumpri-las deve-se trabalhar com sistemas de armazenagem como porta pallets, a título de exemplo.

Em armazéns é comum que sejam adotadas quatro áreas funcionais: a área de recebimento, área de armazenagem, área de picking e área de embalagens. Há também, em alguns casos a área de buffer. Falaremos especificadamente de cada uma delas nos itens a seguir:

– Área de recebimento: Nessa área, os materiais são descarregados, geralmente de caminhões. É necessário que a empresa disponha de funcionários para realizarem a descarga e conferência da mercadoria recebida. Os materiais variam desde matérias-primas, até produtos já finalizados, dependendo do tipo da indústria;

– Área de expedição: A área de expedição é o local onde os produtos ficam armazenados após a passagem pela área de recebimento. É durante a expedição que são feitas transferências de uma área para outra no armazém. Para isso, é necessário a construção de docas, que são apetrechos que servem de auxílio para os sistemas de armazenagem. O número de docas necessárias para uma área de expedição varia de acordo com a demanda de transferências realizadas pela empresa. Essas docas podem ser trabalhadas em três modelos: de 90°, doca diagonal e doca estendida. A doca de 90º é assim conhecida devido ao ângulo que se forma entre o caminhão e a construção que, geralmente, é menor que 90°. A doca diagonal, conforme o próprio nome já diz, tem um formato em diagonal e a doca estendida possui um espaço maior que as demais, sendo usada para caminhões que descarregam cargas de grande porte;

– Área de picking: Após sair da expedição, os produtos são levados para a área de picking, onde são separados e catalogados conforme a necessidade da empresa. Já falamos do picking aqui em outras oportunidades. Trata-se do processo de separação feita de forma organizada. A técnica de picking é muito utilizada por armazéns que fazem a catalogação dos produtos que serão distribuídos para serem entregues a outras empresas ou mesmo para o consumidor final. Atualmente existem técnicas modernas que permitem que o picking seja feito mais facilmente como, por exemplo, o voice-picking, ferramenta que permite que um supervisor de setor grave no início do dia os pedidos que devem ser separados e as instruções que devem ser passadas para os funcionários do armazém, que recebem essa informação por um dispositivo de áudio, similar a um aparelho reprodutor de Mp3 com fones de ouvido;

– Área de embalagem: A área de embalagens é onde os produtos são embalados, conforme a necessidade. Por ser uma atividade de fácil desempenho e que não exige muito esforço físico, algumas empresas trabalham seu lado institucional e de responsabilidade social na embalagem, contratando pessoas portadoras de necessidades especiais para essas vagas. Pessoas cegas, por exemplo, podem ter habilidades manuais mais aguçadas que outras pessoas, pois de acordo com médicos especialistas no assunto, quando se tem a falta de um sentido, os demais são melhores desenvolvidos pelo corpo humano;

– Área de buffer: Conforme dito anteriormente, alguns armazéns que utilizam sistemas de armazenagem e prateleiras industriais também possuem uma área extra chamada de área de buffer. Essa área é muito similar a área de expedição e pode ser dividida em duas partes a de recebimento e a de expedição.

Desse modo, podemos perceber que, apesar de parecer simples, o planejamento de armazéns pode ser bastante complexo e demanda bastante trabalho dos gestores, que trabalham com o auxílio de sistemas de armazenagens como porta palletes e prateleiras industriais para a organização do processo. Vimos também que os armazéns são divididos em quatro áreas e que cada uma delas corresponde a um processo de trabalho que deve ser supervisionado pelo responsável pela administração do armazém.

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