Logística reversa

 

Nos últimos anos muito tem se falado em sustentabilidade e preservação do planeta. O ramo de armazenagem também está presente nesse importante ato de conscientização que vem tomando o mundo, através do método conhecido por logística reversa.

O Sistema Nacional de Informações Sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos – SINIR, define essa prática como “um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.” Ou seja, é a logística aplicada de forma não prejudicial à natureza, fazendo sempre com que os sistemas de armazenagem sejam cíclicos, não poluindo e nem desmatando os recursos naturais.

No Brasil, o conceito foi regulamentado em agosto de 2010, através da Lei nº 12.305, pelo então presidente da república, Luís Inácio Lula da Silva. Essa lei ficou popularmente conhecida como “Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos”. A partir do início da aplicação da lei, a fiscalização nas empresas foi acentuada, de modo a preservar os recursos naturais, que são muito abundantes em nosso país. Além disso, a lei ratificou a importância desse tipo de logística e a partir disso, entidades criaram o Comitê Orientador para a Implantação de Logística Reversa.

Se você é uma pessoa leiga, provavelmente está se perguntando como isso é de fato aplicado. Para isso, preparamos um exemplo prático.

Imagine uma empresa que fabrica pneus de caminhões. Essa empresa precisa receber de volta os pneus usados por seus clientes. O consumidor, após usar seus pneus até que fiquem gastos, irá realizar a devolução em um posto de recolhimento onde o fabricante irá buscá-los. O empresário poderá reutilizar os pneus velhos que podem ser reciclados para a fabricação de novos.

Os sistemas de armazenagem podem ser muito úteis para a logística reversa, pois no caso dos pneus, por exemplo, podem ser usados porta-pallets, cantillevers e outros tipos de sistema para a armazenagem dessas peças usadas, que deverão ser transportadas com segurança até a empresa fabricante.

O procedimento envolve consumidores, comerciantes, indústrias e o governo. Explicaremos a seguir o papel de cada um deles:

– Consumidores: São responsáveis por devolver, em postos de coleta ou locais específicos, os produtos que não têm mais utilidade;

– Comerciantes: Devem criar postos de recolhimento, instalando locais específicos para a coleta dos produtos descartados pelos consumidores;

– Indústrias: Através de um sistema de logísticas, que envolve sistemas de armazenagem, devem retirar os produtos descartados dos pontos criados pelos comerciantes;

– Governo: Os governantes, tanto na esfera federal como na estadual e até mesmo nas municipais, devem desenvolver campanhas que estimulem a educação dos consumidores. Têm também a obrigação de fiscalizar irregularidades nas empresas que aplicam esse tipo de procedimento.

Vemos assim que a logística reversa corresponde a um processo que depende do trabalho e da boa vontade de todos. Ela é muito importante para a preservação ambiental e regulamentada por lei, por isso, deve ser respeitada.

Fontes: Sua Pesquisa / O Eco

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