A pandemia do Covid-19 trouxe uma série de transformações para o mundo — e muitas dessas mudanças ainda estão por vir. Uma coisa é certa: a relação entre a logística ágil e e-commerce está mais forte que nunca.
Os dados comprovam essa tendência. De acordo com a Confederação Nacional de Transportes (CNT), os custos logísticos comprometem mais de 12% do PIB do país. Isso inclui questões como transporte, armazenagem, estoque e serviços administrativos.
Com o aumento do e-commerce (em grande parte, por causa do Covid-19), os gastos logísticos também devem crescer para acompanhar o crescimento dessa modalidade de vendas. Logo, garantir a eficiência das entregas e reduzir custos da operação virou mais do que um diferencial: agora, precisa ser o essencial.
Logística ágil e e-commerce: realidade pós-pandemia
Especialistas ouvidos pela CNN Brasil Business também reforçam a importância da logística ágil e e-commerce. A principal mudança está no perfil do consumidor: mais exigente e com menos disponibilidade financeira, pois querem manter uma reserva caso haja novas crises.
Os desafios de infraestrutura são os que mais chamam atenção e provocam mudanças no cenário pós-pandemia. O transporte de cargas, por exemplo, sofreu com o aumento de quase 10% no frete em algumas regiões do país.
De modo geral, os armazéns precisaram repensar suas cadeias de suprimentos para que elas fiquem mais responsivas. O objetivo é tomar decisões mais rápidas e assertivas — e isso só será possível com investimento na tecnologia.
Afinal, os especialistas apontam que o maior “legado” da pandemia será a preocupação com tempos menores de entrega de insumos e produtos, além de preços mais competitivos. Neste cenário de logística ágil e e-commerce, os fornecedores locais ganham mais força.
Em entrevista para a CNN Brasil Business, o presidente da Control Risks no Brasil, Geert Aalbers, aponta uma mudança no pensamento das empresas. “Aumentam nas empresas as discussões sobre regionalizar, ou localizar, a cadeia de suprimentos, para reduzir a vulnerabilidade e dependência de um único fornecedor.”
Como se adequar ao novo cenário
A realidade pós-pandemia exige que os negócios transformem suas cadeias de suprimento. Na logística ágil e e-commerce, o cliente está mais exigente em relação à conveniência, visibilidade, interação e segurança.
Surge, então, a dúvida: como se adequar ao novo cenário? A seguir, separamos algumas dicas para sua empresa otimizar a logística e reduzir custos:
Gestão inteligente dos seus produtos
Na correria do dia a dia, os processos logísticos estão suscetíveis aos erros humanos. Ainda que seja normal, esse risco pode ser minimizado com uma gestão inteligente dos insumos.
A forma mais simples de fazer isso na logística ágil e e-commerce é através de sistemas como o Warehouses Management System (WMS). Ele reúne todos os dados do armazém e dos produtos ali estocados, desde seu recebimento até a expedição. Assim, ajuda a ganhar agilidade na montagem dos pedidos e tempo para o preparo de pedidos. Consequentemente, a empresa melhora a qualidade e a confiabilidade do processo.
Maior integração com os fornecedores
Nós já falamos neste texto sobre a importância de ver os fornecedores como sócios estratégicos. Essa dica ganha novas proporções no cenário da logística ágil e e-commerce pós-pandemia.
As empresas com mapeamento completo da cadeia logística de suprimentos conseguem responder melhor em tempos de crise. Essa visão permite entender os pontos de melhoria, para que eles possam ser corrigidos rapidamente.
Isso só é possível com a ajuda dos fornecedores, que também precisam entregar soluções rápidas e eficientes. Logo, ter uma relação de confiança com esses sócios estratégicos permite melhor gerenciamento do seu negócio, tanto em momentos de crise quanto na expansão dos negócios.
Controle dos indicadores de desempenho
O cenário pós-Covid 19 reforçou a necessidade de analisar o desempenho da operação. Só assim a logística ágil e e-commerce consegue coletar dados que vão ajudar a melhorar os processos de manufatura.
Os KPIs (do inglês, Key Performance Indicators) avaliam o andamento de fluxos-chave da empresa. Assim, identificam gargalos na produção, reduzem custos e permitem que decisões sejam tomadas com base em fatos.
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